A ministra da Saúde, Ana Jorge, afirmou que a reforma dos cuidados de saúde primários, onde se integram as unidades de saúde familiares, permitiu levar a saúde mais perto das populações e "revolucionar" os centros de saúde.
“A reforma dos cuidados de saúde primários, com as unidades de saúde familiares, conseguiu levar a saúde mais próximo e repensar os centros de saúde para poder responder melhor aquilo que são as necessidades da população”, disse a governante. A titular da pasta da Saúde falava durante a sessão de abertura do Encontro de Saúde do Alentejo, com o tema "Da dispersão geográfica à qualidade dos cuidados", um iniciativa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo. Segundo Ana Jorge, a reforma dos cuidados de saúde primários permitiu também “dar aos profissionais uma forma diferente de estar, criando-lhe uma nova alma, para poderem fazer com gosto a sua obrigação enquanto profissionais”. A reforma dos cuidados de sáude primários, disse a ministra, foi uma das grandes aposta deste governo a ainda "está numa fase não completa, mas com a garantia de que vai continuar, porque aquilo que já conseguimos provar é que ela responde aos seus princípios, mais saúde e mais médicos de família para a população”, acentuou. A ministra da Saúde destacou ainda o trabalho feito na área dos cuidados continuados, que “praticamente não existiam em 2005/2006” na região. “Havia 35 lugares disponíveis em cuidados continuados e, neste momento, são 626 em todo o Alentejo”, afirmou. Ana Jorge destacou ainda a importância do apoio domiciliário, considerando que “é uma mais valia, para que não se tenham de colocar todos os idosos e dependentes em instituições, mas sim sempre que possível mantê-los na sua residência”. A constituição dos serviços de urgência básica, das duas unidades locais de saúde (Alto Alentejo e Baixo Alentejo) e de toda a reforma que foi feita nos serviços de saúde hospitalares foram outras áreas destacadas pela governante. Quanto à falta de médicos na região, Ana Jorge afirmou que “tem sido uma preocupação” e advertiu que “é preciso aumentar o número de médicos formados em Portugal”.