Os autarcas de Vendas Novas

A Câmara Municipal de Vendas Novas, reunida em dia 16 de Janeiro de 2008, analisou a tomada de decisão do Governo sobre a localização do novo Aeroporto Internacional de Lisboa, anunciada no passado dia 10 e que no quadro dos estudos comparativos, entre as duas localizações observadas (OTA e “Alcochete”), apresentados pelo LNEC vindo-se a optar pela localização na “Margem Sul”, mais propriamente nos terrenos do actual Campo de Tiro de Alcochete.
A Câmara Municipal de Vendas Novas recorda, o facto, de já em 1999, quando se deu inicio à elaboração do Plano Estratégico de Desenvolvimento de Vendas Novas, para o período de 2000-2010, ser relevada a importância para o desenvolvimento económico e social do Concelho e do Alentejo a localização do novo Aeroporto na “Margem Sul”.
Nesse documento, que está em vigor e em fase de revisão, identifica-se como uma “oportunidade” para o Municipio a localização, nesta região do novo aeroporto, pelo que a Câmara Municipal de Vendas Novas não pode deixar de realçar a importância de tal facto no desenvolvimento e concretização da estratégia de desenvolvimento para esta região que é a principal “Porta do Alentejo” e zona charneira de articulação estratégica do Alentejo com a Área Metropolitana de Lisboa.
Neste quadro, torna-se necessário não só rever a estratégia de desenvolvimento que está sendo delineada pelo PROT – Plano Regional de Ordenamento do Território do Alentejo face à proximidade do corredor central a esta infra-estrutura, com particular destaque para o Municipio de Vendas Novas que se assume cada vez mais, no quadro do “…desenvolvimento policêntrico do território” como Pólo Regional de Desenvolvimento da Região e Centro Urbano de Nível Superior, mas também reafirmar a reivindicação da construção de Serviço de Urgência Básico (SUB) ou manutenção e requalificação do actual SAP/”Urgências”, conforme recomendação da Comissão Parlamentar de Saúde, que ganha nova expressão de indiscutível necessidade na proximidade (25 km) do Novo Aeroporto Internacional de Lisboa e da Plataforma Logística do Poceirão-Marateca.
A Câmara Municipal de Vendas Novas, na sua reunião, analisou e reflectiu sobre os impactos dos traçados do TGV/AV que atravessam o Concelho de Vendas Novas (Piçarras, Afeiteira, Vendas Novas), no âmbito da discussão pública que irá ocorrer até dia 7 de Fevereiro de 2008.
Nesta primeira reflexão, que irá continuar no próximo dia 30 de Janeiro, a Câmara Municipal de Vendas Novas manifesta a sua preocupação face às implicações económicas e sociais negativas, que o traçado do TGV irá ter, a manterem-se os presentes traçados que estão em discussão pública, para as Populações, os Proprietários e os Agentes e Económicos e Sociais e o Municipio de Vendas Novas, os quais vêem criar fortes constrangimentos e transtornos aos projectos de desenvolvimento e qualificação urbana em curso, ao desenvolvimento económico e industrial, à atracção de novas empresas, novos investimentos, novos empregos e mais riqueza.
Com efeito, a Câmara Municipal de Vendas Novas, face à localização do novo Aeroporto, considera obrigatório não dar por definitivas as propostas de traçados do TGV/AV que estão em discussão publica e manifesta a necessidade de retomar os estudos, interrompidos por decisão da RAVE, sobre o traçado do TGV previsto a norte do “polígono militar da EPA” entre Vendas Novas e Lavre, opinião anteriormente transmitida ao Conselho de Administração da RAVE pelo Municipio, em reuniões realizadas em 2005 e em Janeiro e Junho de 2007.
A Câmara Municipal de Vendas Novas, neste contexto, irá continuar a promover iniciativas de discussão pública até ao dia 30 de Janeiro, estando já marcadas um conjunto de reuniões com os eleitos das autarquias locais, os proprietários e agentes económicos e sociais, e apela para que a população participe activamente nas reuniões que a Câmara Municipal vai promover, em particular com as Populações de Vendas Novas, Afeiteira e Piçarras.