Diz o dicionário de língua portuguesa que clã é “uma tribo formada por um grupo de famílias de origem comum”. E é também essa a definição da banda portuense. Se cada elemento for encarado como uma pequena família musical, facilmente reconhecemos a origem comum: o gosto pela música. E se essa é a causa, a melhor maneira de descobrir a perfeição do efeito é ver estes seis elementos ao vivo. Não será demasiado ousado afirmar que são umas das mais entusiasmantes bandas portuguesas em registo concerto, estando a força galvanizadora centrada totalmente na irrequieta vocalista, a inconfundível e incansável Manuela Azevedo. Com 16 de anos de história, os Clã há muito que atingiram a maturidade e o coração dos portugueses. Desde a estreia em 1992, com o álbum LusoQualquerCoisa, acumulam êxitos como Problema de Expressão, Sopro do Coração, GTI, H2omem. Do último álbum Cintura, do ano passado, quem não trauteia já o tema Tira a Teima ou se emociona com o Sexto Andar. Seja com explosões sonoras, seja com melodias delico-doces, os Clã sabem prender uma plateia e fazem-no sem rodeios. E o público adora. É pop portuguesa com certeza.