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15 de Maio de 2009

O último dia do III Congresso das Cidades Educadoras ficou marcado pela apresentação das conclusões e perspectivas, mas também pela vinda da Ministra da Educação a Évora, sendo também de realçar, durante a tarde, a visita guiada ao Centro Histórico pelo responsável pela Divisão de Promoção Turística, Francisco Bilou e por breves apontamentos artísticos da responsabilidade do grupo de teatro da SOIR Joaquim António de Aguiar, da Tuna Académica e dos Cantares de Évora.

 


As conclusões foram apresentadas pelos professores Fátima Nunes e Paulo Costa que fizeram o enquadramento do congresso, onde participaram 28 cidades que deram a conhecer um conjunto de variados trabalhos que realizam na área da educação e suas vertentes, nomeadamente patrimonial, ambiental, sócio-cultural e de segurança.

Mencionou-se também a mesa redonda que juntou vários autarcas e uma entidade privada sobre as potencialidades educadoras dos sítios classificados, sublinhando-se como direitos e deveres nem sempre são fáceis de harmonizar, mas sendo a defesa do património um dever e responsabilidade de todos.

Foram também destacadas as conferências proferidas por Joan Manoel del Pozo (Professor de Filosofia na Universidade de Girona); Manuel Patrício (Professor Jubilado da Universidade de Évora) e Júlio Pedrosa (Presidente do Conselho Nacional de Educação) e as ideias-chave a reter delas. Ideias que passam, entre outras, pela “Educação como Património e o Património como agente educador”; “Em que paradigma de Escola/Educação queremos investir” e “ A cidade como escola”.

O professor Paulo Costa chamou ainda a atenção para a continuação deste debate de forma aberta, uma vez que será disponibilizada na página da Câmara de Évora um fórum de partilha de opiniões.

Na sessão de encerramento, a Secretária-Geral da Associação Internacional das Cidades Educadoras, Pilar Figueras, agradeceu a activa colaboração mantida por todos na organização do evento e sublinhou a importância dos trabalhos bem como o seu impacto quer a nível nacional como internacional, realçando a oportunidade de aprendizagem conjunta gerada.

A Vice-Reitora da Universidade de Évora, Ana Ludovice, manifestou o seu agrado por este tipo de evento e o seu contributo para a formação de todos, defendendo o conceito de educação ao longo da vida para o qual a universidade está cada vez mais sensibilizada, agradecendo a todos os colegas da Universidade que mais directamente estiveram envolvidos no congresso.

O Presidente da Câmara Municipal de Évora, José Ernesto d’ Oliveira foi o terceiro orador, tendo realçado três notas essenciais que passaram pela satisfação pela forma proveitosa como decorreu o congresso e esforço de todos os envolvidos; o compromisso da cidade de continuar a considerar a educação no seu sentido lato na primeira linha da sua agenda de intervenção; e a cidade de Évora procurando continuar “a respeitar, preservar, divulgar e estudar o património que herdámos, acima de tudo mantendo-o vivo e acrescentando-lhe mais património”.

Cidade convidadas a relacionar-se com o Observatório de Políticas Locais de Educação

A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, expressou a sua satisfação por este congresso que reuniu diferentes autarquias cujo trabalho incide na Educação.

Recordou também a evolução nesta matéria ao longo do século XX, passando-se de uma visão muito unificadora e centralizadora da escola para uma escola diferente, de educar no espaço local, em clara rotura de paradigma com a escola do passado.

Uma política educativa que também se relaciona com os objectivos das cidade educadoras e que passa, entre outros aspectos, por uma escolaridade obrigatória para todos e por mais anos e pela necessidade de proximidade para responder às expectativas emergentes do local, dos agentes, das famílias, das instituições que emergem como actores com desejo de participar.

A Ministra considera que a educação terá ganhos com isto, alertando também para que se evitem riscos, os quais passam pela fragmentação, desresponsabilização e desvalorização do que é o conhecimento científico, sendo necessário redesenhar o projecto da rede de instituições que nas cidades têm responsabilidades no projecto educativo e clarificar os papéis de cada uma das instituições por forma a fazer ganhar centralidade às escolas e valorizar as competências escolares básicas para a aquisição de outras competências de cidadania.

Chamou a atenção para o deficit de qualificação da maioria da população portuguesa por não ter podido frequentar a escola no seu tempo, estando o programa Novas Oportunidades a procurar aumentar a sua formação.

Referiu ainda a recente assinatura de protocolo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses, universidades e instituições científicas para criação de uma rede (Observatório de Políticas Locais de Educação) cuja missão é acompanhar, reflectir e propor medidas de proximidade, ajustamento e melhoria no que se refere às políticas educativas, deixando o desafio às Cidades Educadoras para estabelecer também uma relação com este observatório.
 

publicado por EOL às 07:00
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