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31 de Março de 2011

DocariaConventualEvora

 

A doçaria tradicional e conventual é cada vez mais conhecida em todo o país. Mas há sempre algo por descobrir. Todos os doces conventuais têm “um segredo”. Foi com este princípio que o responsável pelo turismo a Câmara de Évora, Francisco Bilou, o Chefe Luís Mourão e a Doceira Maria Ercilia Zambujo se juntaram para recuperar sabores praticamente perdidos. Primeiro a Escursioneira. Um tuberculo que passa por três caldas de açúcar, num processo que dura 45 dias, até dar origem a um pequeno “rebuçado”. A receita foi aperfeiçoada pelo chefe Luís Mourão, através da realização de provas de sabor, por vários gastrónomos locais, “até acertar na receita da Mercearia Anselmo e ao sabor de antigamente”, revela Dinis Pires, diretor do Hotel Convento do Espinheiro. O responsável considera que esta é também a missão da empresa que dirige, e que “inicialmente recuperou um património arquitetónico degradado e agora começa a recuperar o património imaterial da região”. Do empirismo clinário partiu-se para a investigação histórica. Francisco Bilou compilou uma série de receitas de pastéis de Santa Clara, um doce conventual, do qual não há qualquer memória do seu sabor. Neste caso, as receitas foram colocadas nas mãos da Doceira Maria Ercilia Zambujo, que testou mais de uma dezena. De pastéis cozidos no forno, a pastéis fritos em banha, com recheios de ovos ou de amêndoa, numas quantas receitas de massa. Todos foram provados mais uma vez. “Não sabemos qual era o sabor que freiras lhe davam, mas nós escolhemos o que mais nos agradou”. Ora são eles pastéis com uma massa fina, feita com banha, recheados com doce de ovos, fritos e polvilhados com açúcar. Muitas calorias para quem já pensa no verão e em perder quilos, mas irresistivel à gula de quem passe férias no Alentejo. A parceria que juntou a Câmara de Évora, a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e mais de vinte restaurantes e pastelarias da região pretende que “ estes produtos se generalizem no mercado sendo os chefes uma espécie de guardiões dos mesmos”. Para Francisco Bilou há que recuperar estas e outras receitas. “O segredo é a partilha de todas as receits pelo maior número de agentes comerciais”, considera o responsável. Conhecer “os segredos” dá direito a diploma. Os primeiros vinte foram entregues quarta-feira ao final da tarde pelo Presidente da Entidade Regionalde Turismo do Alentejo, Ceia da Silva.

 

 

publicado por EOL às 10:36
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