O núcleo de Évora do Movimento Democrático de Mulheres pede que sejam encontradas soluções para que a interrupção voluntária da gravidez se faça no distrito. Em declarações à DianaFm, Ângela Sabino lamenta que as mulheres residentes em Évora tenham de ir para Beja ou Portalegre.
“A lei da República diz-nos que temos direito a recorrer ao serviço nacional de saúde, e nomeadamente aos serviços mais próximos dos cidadãos”, afirmou a responsável, acreditando que “seja entendida a necessidade de se dar uma resposta a estas mulheres”.
Ângela Sabino considera que “o tempo irá dar razão a este movimentos que devem a dignidade das mulheres”.
Para a responsável, a situação no hospital do Espírito Santo resulta do medo provocado por apoiante do “não”.
“Acho que as pessoas reagem a medo, e deve ter sido essa a reacção dos profissionais de saúde em Évora”, disse Ângela Sabino.
Recorde-se que todos os obstetras do Hospital de Évora invocaram o estatuto de objector de consciência, uma situação que irá obrigar a unidade a encaminhar as mulheres do distrito para Beja e Portalegre.