Cerca de um milhar de pessoas concentraram-se hoje em Évora na manifestação “Que se lixe a troika” marcada para várias cidade do país. Na Praça do Giraldo voltou-se a ouvir-se “O povo unido jamais será vencido”. Já na marcha, que passava pelo Largo Luís de Camões, epla Praça do Sertório antes de voltar ao ponto de partida, as vozes de quem se manifestava vaziam ouvir que “está na hora do governo se ir embora”.
“Estou muito arrepiado, por ver, afinal, que o povo também se sabe organizar, sem diretrizes de qualquer partido”, disse Rui Nuno ao Sapo. Este ator, a viver em Évora há mais de duas décadas e para quem “é necessário dizer basta”, confessou nunca ter visto em Évora “uma manifestação tão sentida, tão verdadeira”.
Outras vozes também tiveram direito a amplificação. Tal como noutras cidades, um microfone estava disponível para quem quisesse falar aos manifestantes.
“Isto significa que as pessoas estão indignadas. Isto cada vez afeta mais áreas. Não é só quem está desempregado, mas é também quem está empregado, os patrões. Afeta muita gente”, diz Lúcio, um eletricista desempregado que tomou a iniciativa de convocar esta manifestação em Évora. “É a primeira vez. Tomei esta iniciativa sozinho, nunca tinha participado neste tipo de ações. Falei com a organização, surgiu a oportunidade através das redes sociais, entre amigos, a coisa foi passando e atingimos a confirmação de mil pessoas. Já me disseram que estavam mais. É bastante positivo”.
A desmobilização começou a sentir-se pouco depois das 19:30. Durante o protesto não se verificou qualquer incidente e no local se viu qualquer agente da PSP fardado.